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Nome do Livro: Memória da água

Autora: Emmi Itäranta

Editora: Galera Record

Ano: 2015

Páginas: 288

 

A obra nos leva a um futuro distópico, onde a oferta de água é muito escassa e o exército controla a distribuição para a população e, as pessoas vivem com pequenas cotas semanais.

Noria é a filha de um mestre do chá (antiga tradição oriental, onde há cerimônias para preparar e servir chás) e está sendo treinada por seu pai, até o dia em que ele revela um segredo, há um nascente de água potável escondida pela família por muitas gerações e agora Noria é quem vai controlá-la.

A trama toda gira em torno da falta de água, de como a população vive precariamente e na carga que Noria carrega, tendo a posse da nascente. Se os militares descobrirem ela pode ser presa ou executada por crime de água, se as pessoas descobrirem a nascente, o uso desenfreado pode secá-la, e Noria sofre vendo as pessoas adoecerem enquanto ela pode ajudar.

Outro ponto importante na trama é o passado, ninguém sabe ao certo o que aconteceu com o mundo, muito séculos se passaram, não existem mais livros do tempo antigo e as pessoas tem que acreditar no que é contado. Até que Noria e sua amiga Sanja descobrem em CD´s gravados, encontrados no lixão, um relato de uma pesquisadora sobre o que aconteceu no passado e começam a contestar a história.

A autora tentou romancear a conscientização ambiental, em uma história que não deu certo. A ideia central do livro, as descrições (quando não exageradas) de como a população vive sem água e, principalmente a visão do que no passado era  descartável e no futuro torna-se precioso, são boas, mas muito mal executadas. A narrativa é repetitiva, cansativa e a autora deixou pontos da história sem explicação. Não sei se a intenção é fazer um segundo livro, mas para mim a obra é muito fraca.

NOTA: ♥ ♥