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Nome do Livro: O papel de parede amarelo

Autora: Charlotte Perkins Gilman

Editora: José Olympio

Ano: 2016

Páginas: 110

 

Conto clássico, publicado em 1892, trata de impotência. Da mulher perante o homem, da esposa perante o marido, da mente confusa e oprimida diante de um papel de parede.

A protagonista é uma mulher jovem, com um filho ainda bebê, que foi diagnosticada pelo médico, e marido, com uma histeria, um colapso mental, e o casal se instala em uma casa de campo para que a esposa possa se recuperar.

O marido e o irmão da protagonista são médicos, e tecem uma série de cuidados que ela deve tomar para a recuperação, tais como não praticar nenhum tipo de atividade física ou intelectual (ela gosta de escrever), ela deve esvaziar a mente e descansar. Mas o tempo ocioso e solitário (já que o marido passa o dia e às vezes noites trabalhando) faz com que a esposa deixe de lado as recomendações e começa um diário, onde relata não só pormenores de sua vida e relação com o marido, mas detalhes do papel de parede do quarto.

A princípio ela não gosta do papel, chega a sentir medo dele, mas com o tempo começa a notar um padrão em suas irregularidades e, observá-lo, passa a ser sua atividade principal. Ela o descreve como irregular, descobre que há mais de um plano no papel e nota que há uma mulher presa ao padrão. Sua luta acontece na tentativa de desvendar o papel e libertar essa mulher presa, libertando a si mesma.

O livro é uma metáfora brilhante sobre a condição da mulher e uma crítica à sociedade da época. O texto é autobiográfico, já que a autora passou por um caso semelhante antes de divorciar-se do primeiro marido. Pode parecer uma história de suspense, mas é um clássico do feminismo que ficou incompreendido por décadas, e hoje ganha o destaque merecido.

NOTA: ♥ ♥ ♥ ♥