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A morte em Veneza/ Tonio Kröger – Thomas Mann

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Nome do Livro: A morte em Veneza/ Tonio Kröger

Autor: Thomas Mann

Editora: Companhia das Letras

Ano: 2015

Páginas: 194

 

A obra é composta por duas novelas curtas e independentes, do escritor alemão Thomas Mann.

A primeira, A morte em Veneza, traz a história do escritor Gustav von Aschenbach, que viaja à Veneza em busca de descanso e inspiração (já que está passando por um período de crise criativa). Hospedado em uma espécie de resort, Aschenbach começa a observar uma família de turistas, mas principalmente, o filho mais novo, o jovem Tadzio. Com o tempo a admiração pela beleza e jovialidade do menino torna-se obsessão, o escritor o persegue durante todo o dia, já não consegue dormir a noite sentindo falta de Tadzio, muda sua aparência para parecer mais jovem e convidativo ao rapaz e, ignora os riscos de uma epidemia de cólera para não deixar de vê-lo todos os dias.

Avaliação: 5/5 ♥

Na segunda novela (com traços autobiográficos), Tonio Kröger, acompanhamos o crescimento do protagonista homônimo. Filho de um cônsul e habituado a alta burguesia, Tonio era tímido e se sentia diferente dos demais, principalmente, pela descendência latina vinda da mãe. Apaixonou-se na infância por seu colega de escola Hans e, na adolescência por sua companheira na aula de dança Inge, mas com a morte de seu pai e a decadência da família, torna-se escritor e se muda para outro país. Com o passar dos anos, Tonio continua a contestar sua existência e origem e a buscar um lugar no mundo, e o reencontro com Hans e Inge desencadeia diversas reflexões.

Avaliação: 4/5

Os textos de Thomas Mann são mais lentos, por conter muita informação em poucas páginas, são obras que precisam de análise e, certamente, releitura. A sensação que tive ao terminar cada novela, foi que o texto aflora depois que refletimos, é o tipo de livro que carregamos por muitos dias depois de terminada a leitura. 

 

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A redoma de vidro – Sylvia Plath

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Nome do Livro: A redoma de vidro

Autora: Sylvia Plath

Editora: Biblioteca Azul

Ano: 2014

Páginas: 280

 

 

Esther é uma jovem estudante do interior dos Estados Unidos, muito estudiosa e promissora, que ganhou  um estágio em uma grande revista de Nova York.

Durante sua estada na cidade grande, e em contato com todo o glamour que o estágio oferecia, Esther passa por pequenos e grandes acontecimentos que a fazem rememorar suas escolhas e, a contestar sua maneira de viver, seus gostos e anseios futuros. Começa a contestar o sentido de sua vida.

Tudo parece estar no caminho certo, ela tem uma bolsa de estudos na universidade, um estágio dos sonhos e uma carreira promissora, mas as coisas que, outras meninas de sua idade achariam espetaculares, para ela não têm o mesmo sabor. E quando o estágio acaba e ela volta a sua pequena cidade, Esther é sugada pela depressão.

A princípio não percebemos o que está acontecendo com ela, pequenas coisas como não dormir, não tomar banho ou não conseguir escrever vão expondo o rumo que a mente da jovem está tomando. Ela flerta com o suicídio o tempo todo e após uma tentativa frustrada, Esther é internada em um sanatório.

Submetida a tratamento de eletro choque e convivendo com outras moças, ela começa a se sentir fora da redoma (durante todo o livro, Esther explica que se sente sufocada dentro de uma redoma), fora das pressões e expectativas.

“Mas eu não tinha certeza. Eu não tinha certeza de nada. Como eu poderia saber se um dia – na faculdade, na Europa, em algum lugar, em qualquer lugar- a redoma de vidro não desceria novamente sobre mim, com suas distorções sufocantes?”

Muito difícil falar sobre essa obra. O livro é autobiográfico, muitos acontecimentos descritos foram vividos pela autora, que infelizmente cometeu suicídio pouco depois da publicação da obra. A narrativa é fantástica, muito poética e ao mesmo tempo fluida, mesmo tratando de um tema tão pesado, é uma leitura muito rápida. Percebi muitos tons feministas em Esther, talvez isso em uma época conservadora, tenha ajudado a personagem a sentir-se fora dos padrões e desencadear a depressão. O que mais me chamou atenção em Esther é que ela não dá sinais claros de sua instabilidade, ou até de sua insanidade, o que dificulta para pessoas que, como eu, não têm contato com a depressão conseguir entendê-la . Mas, principalmente, para pessoas como eu, esse livro é tão importante.

Avaliação: 4,5/5

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A escrava Isaura – Bernardo Guimarães

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Nome do Livro: A escrava Isaura

Autor: Bernardo Guimarães

Editora: Ciranda Cultural

Ano: 2010

Páginas: 160

 

Filha de um feitor branco e de uma cativa morena, Isaura é uma escrava branca que vive numa fazenda no Rio de Janeiro. Tendo perdido a mãe quando era pequena, Isaura foi criada como membro da família de seus senhores e, sempre muito bem tratada pela matriarca, a moça teve todo o conforto e educação que a transformaram em uma dama.

Com a morte dos donos da fazenda, seu único filho, Leôncio, herdou  a propriedade e seus escravos, um rapaz inescrupuloso e mimado que nutre um amor doentio por Isaura. Diante da rejeição da escrava, Leôncio a humilha e pune de todas as formas a fim de conseguir o que quer, e recusa todas as ofertas do pai de Isaura para comprar a liberdade da filha.

É nesse momento que Isaura e o pai conseguem fugir para Pernambuco. Lá vivem praticamente reclusos e com identidades falsas, mas isso não impede que Isaura conheça e se apaixone por Álvaro, um jovem filósofo e abolicionista, que faz de tudo para libertá-la.

Escrita em 1875, a popular obra de Bernardo Guimarães divide opiniões sobre o tom abolicionista/racista. De um lado a abolição da escravatura livremente discutida em uma obra de grande circulação e popularidade, de outro, a visão da escrava branca e não negra que merece liberdade. Deixando de lado as discussões, mesmo não gostando de romances tão românticos, A escrava Isaura não me cansou como outros. Contém todo o melodrama da heroína pura, mas a narrativa é muito poética e cheia de belas descrições e imagens. Contudo, achei o texto muito curto, a trama merecia e pedia mais desenvolvimento, talvez por isso tenha tantas adaptações, é um livro que dá abertura à expansão.

Avaliação: 4/5

 

 

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Se eu fechar os olhos agora – Edney Silvestre

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Nome do Livro: Se eu fechar os olhos agora

Autor: Edney Silvestre

Editora: Record

Ano: 2013

Páginas: 301

 

Dois meninos de 12 anos, Eduardo e Paulo, amigos inseparáveis, encontram o corpo de uma mulher perto do lago onde estão nadando. A mulher era esposa do dentista da pacata cidade de interior, e foi brutalmente assassinada.

Depois de chamarem a polícia e de serem, a princípio, interrogados como suspeitos os dois meninos descobrem que o dentista, marido da vítima confessou o crime. Mas os meninos suspeitam que essa não seja a verdade, a mulher, muito mais jovem e alta, não poderia ser atacada pelo pequeno, idoso e frágil marido.

Eduardo e Paulo resolvem investigar o assassinato e contam com a ajuda de Ubiratan, um senhor idoso, que vive no asilo da cidade e quer mais que tudo sentir-se útil novamente. Os três começam a desvendar essa trama, cada vez mais complexa, que envolve política, corrupção, estupro, traições, a ligação da igreja e de grandes famílias da região, onde tudo parecia um simples uxoricídio já resolvido pela polícia.

Esse é o primeiro romance do jornalista Edney Silvestre, e foi vencedor do Prêmio Jabuti em 2010. Adorei a maneira como o autor conduz à narrativa, as referências histórias, o humor leve envolvendo os dois meninos e o contraste entre eles e Ubiratan. A obra é de uma leitura muito rápida e como todo thriller, corremos para decifrar a trama, mas embora rápida, não é uma leitura leve, já que envolve temas sexuais e políticos. É um ótimo livro, mas achei que o desfecho seguiu para um caminho confuso que deixou pontas soltas.

Avaliação: 4/5

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Um dia de chuva – Eça de Queiroz

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Nome do livro: Um dia de chuva

Autor: Eça de Queiroz

Editora: Cosacnaify

Ano: 2011

Páginas: 56

 

Conto pouco conhecido, escrito por Eça de Queiroz no fim de sua vida, ficou inacabado, mas constitui-se em uma curta e bela amostra de seu poder narrativo.

José Ernesto é um homem solteiro, não muito jovem, que está interessado em adquirir uma propriedade no campo. Sempre foi um sonho ter uma boa propriedade rural, onde pudesse hospedar os amigos e uma quinta no norte de Portugal parece ser perfeita, se não fosse a chuva que assola o lugar, impedindo-o de conhecer melhor.

José Ernesto fica hospedado na quinta, na companhia dos empregados e de padre Ribeiro, que com a chuva torrencial os impedindo de sair, começa a contar histórias da família do proprietário e, José Ernesto se interessa, principalmente, por uma de suas jovens filhas.

Pela descrição de padre Ribeiro a menina Dona Joana além de muito bonita, possui temperamento forte e idéias pouco convencionais, para jovens de sua idade, o que aguça mais ainda o interesse de José Ernesto. E em meio a essa chuva que não cessa, ao conforto simples que a casa no campo oferece, José Ernesto começa a se desvencilhar de sua vida na agitada Lisboa e a cogitar comprar a propriedade, tudo isso maravilhado com a imagem de uma mulher que ainda não conheceu.

Esse conto me lembrou muito o romance A cidade e as Serras, do mesmo autor, talvez por que foram escritos na mesma época e, por enaltecerem a natureza e essa atmosfera mais simples. Juntando essa narrativa mais poética do Eça e a simplicidade e doçura do enredo, resultou em uma obra linda. Vale ressaltar também, que a edição da Cosacnaify, está ricamente ilustrada por Guazzelli.

Avaliação: 5/5 ♥

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