Narrada em primeira pessoa pelo protagonista, a obra nos conta sobre a vida de Paulo Honório e todos os acontecimentos que o levaram de miserável a fazendeiro.
Nome do Livro: A megera domada
Autor: William Shakespeare
Editora: L&PM Pocket
Ano: 2016
Páginas: 135
Catarina é uma jovem muito arredia e grosseira, filha mais velha de Batista, é incontestavelmente uma megera. O pai não deixa a irmã caçula Bianca ser cortejada por nenhum pretendente, pois para ele, a filha mais velha deve se casar primeiro.
Os muitos pretendentes da doce Bianca não tem esperanças até conhecerem Petrúquio, um jovem ambicioso, que vendo o grandioso dote de Catarina começa a cortejá-la. Petrúquio consegue se casar com a megera e a partir daí ele faz de tudo para domá-la, deixando-a até sem comer e sem dormir.
No fim, Bianca casa-se com Lucêncio (que se fingiu de professor para conquistá-la) e Catarina termina domada pelo marido.
Essa obra serviu de inspiração para diversas outras e foi adaptada tanto para a televisão como para o cinema. É incontestável a importância de Shakespeare para a literatura inglesa e mundial, mas confesso que achei a obra fraca. Entendo-a como uma sátira aos costumes da época e como uma sátira ela não deve ser considerada machista, mas eu esperava mais da trama, achei que Catarina deixou-se levar muito fácil.
NOTA: ♥ ♥ ♥
Nome do livro: A Revolução dos Bichos
Autor: George Orwell
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2007
Páginas: 147
A obra é uma fábula que retrata uma crítica a revolução Russa, é uma sátira ao idealismo, uma forma de repensar utopia e realidade.
Os animais da Granja do Solar, cansados de serem explorados, organizam-se para tomar a Granja e expulsar os humanos. A revolução acontece e no primeiro momento todos comemoram, mas com o passar do tempo os porcos começam a dominar os outros animais, eles se auto alfabetizam e passam a administrar a Granja.
Mas os porcos, liderados por Napoleão, tornam-se ditadores e o sonho de liberdade dos animais cai por terra. Eles são explorados, mal alimentados, manipulados e quando tentam levantar a voz são abatidos. Anos se passam e os porcos tomam o lugar dos humanos, e inclusive se portam e se vestem como eles. No fim da obra, os animais da Granja não conseguem mais diferenciar humanos de porcos.
Esse livro é incrível e o que mais surpreende é a clareza da narrativa, sem floreios, uma mensagem direta, um alerta sobre o idealismo e poder e uma crítica a classe dominante.
Nota: ♥ ♥ ♥ ♥
Nome do Livro: Você vai voltar pra mim e outros contos
Autor: Bernardo Kucinski
Editora: Cosac Naify
Ano: 2014
Páginas: 185
Essa obra é uma coletânea de histórias inspiradas na época da ditadura militar no Brasil. São 28 contos, todos muito bem desenvolvidos e muito intensos, que abordam tortura, exílio, prisão, clandestinidade, política e diversos outros temas, com inúmeros pontos de vista.
Os contos que mais me marcaram foram: A negra Zuleika, O velório, Você vai voltar pra mim, Pais e filhos, A instalação, O garoto de Liverpool, Cenas de um sequestro e Tio André.
A narrativa de Kucinski é impecável, te leva a sentir na pele todos os acontecimentos atrozes da época. É leitura obrigatória para todos os brasileiros.
NOTA: ♥ ♥ ♥ ♥
Nome do Livro: O deserto dos meus olhos
Autor: Leon Idris
Editora: Autopublicado
Ano: 2016
Páginas: 456
Narrado em primeira pessoa, a obra nos leva a incrível jornada do escritor Rupert Lang, por países, ambientes e épocas diferentes.
A narrativa é feita através das lembranças de Rupert, que passam pela corte espanhola em 1868, pelas descobertas de Joannes Kepler em 1604 e por um mosteiro budista na China em 1933. Envolvendo sempre os mesmos personagens, Benjamin, Dolores e Horácio, mantendo seus nomes e características em cada etapa, o livro nos leva a pensar em viagem no tempo ou mesmo até em reencarnação, mas a obra é muito mais psicológica.
A narrativa não linear deixa o clima mais intenso e o desenrolar pode parecer mais lento, mas no momento que que entramos na mente de Rupert, a trama desenrola-se brilhantemente até o desfecho. Apesar de Rupert ser o narrador/personagem, consegui vê-lo separadamente e minha empatia foi muito maior com sua face narrador.
Me surpreendeu muito a riqueza narrativa da obra e seu conteúdo histórico. A delicadeza e talento desse jovem autor, ainda não devidamente reconhecido, inspira a leitura de contemporâneos nacionais.
NOTA: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
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