O livro é uma coletânea de contos do jovem escritor Geovani Martins. Nascido em Bangu e, morador da Rocinha e do Vidigal, Geovani retrata a violência urbana, os conflitos entre moradores de comunidades, viciados, traficantes e policiais. Em cada conto o autor consegue mudar a voz dos personagens e abusa das gírias e expressões informais.
Nome do Livro: Extraordinárias: mulheres que revolucionaram o Brasil
Autoras: Duda Porto de Souza e Aryane Cararo
Editora: Companhia das Letras (Selo Seguinte)
Ano: 2018
Páginas: 208
Foi com grande alegria que recebi a notícia da parceria do blog com a editora Companhia das Letras, e com maior alegria ainda esse primeiro livro chegou. Uma coletânea de pequenas biografias de grandes mulheres que mudaram a história do nosso país.
São 45 histórias das mais variadas, que seguem um padrão cronológico e, contemplam mulheres que fizeram a diferença e que em muitos casos caíram no esquecimento.
Mario Cardoso é um ator em decadência, que se vê no fundo do poço, com o encerramento de sua turnê da peça Rei Lear. Motivo do encerramento da turnê? Mario não consegue conter suas crises de riso em cena.
A obra é composta por duas novelas curtas e independentes, do escritor alemão Thomas Mann.
A primeira, A morte em Veneza, traz a história do escritor Gustav von Aschenbach, que viaja à Veneza em busca de descanso e inspiração (já que está passando por um período de crise criativa). Hospedado em uma espécie de resort, Aschenbach começa a observar uma família de turistas, mas principalmente, o filho mais novo, o jovem Tadzio. Com o tempo a admiração pela beleza e jovialidade do menino torna-se obsessão, o escritor o persegue durante todo o dia, já não consegue dormir a noite sentindo falta de Tadzio, muda sua aparência para parecer mais jovem e convidativo ao rapaz e, ignora os riscos de uma epidemia de cólera para não deixar de vê-lo todos os dias.
Avaliação: 5/5 ♥
Na segunda novela (com traços autobiográficos), Tonio Kröger, acompanhamos o crescimento do protagonista homônimo. Filho de um cônsul e habituado a alta burguesia, Tonio era tímido e se sentia diferente dos demais, principalmente, pela descendência latina vinda da mãe. Apaixonou-se na infância por seu colega de escola Hans e, na adolescência por sua companheira na aula de dança Inge, mas com a morte de seu pai e a decadência da família, torna-se escritor e se muda para outro país. Com o passar dos anos, Tonio continua a contestar sua existência e origem e a buscar um lugar no mundo, e o reencontro com Hans e Inge desencadeia diversas reflexões.
Avaliação: 4/5
Os textos de Thomas Mann são mais lentos, por conter muita informação em poucas páginas, são obras que precisam de análise e, certamente, releitura. A sensação que tive ao terminar cada novela, foi que o texto aflora depois que refletimos, é o tipo de livro que carregamos por muitos dias depois de terminada a leitura.
João aos 50 anos se torna pai pela segunda vez e, a chegada de Bia traz toda uma apreensão sobre o futuro.
Ainda na maternidade, o pai João começa a escrever um caderno, uma espécie de diário do adeus, para deixar à filha quando não estiver mais presente. A todo momento, o pai deixa claro para a filha que não estará com ela no futuro, que a perda é inevitável, e começa a imaginar acontecimentos na vida futura da menina e quais conselhos ele lhe daria se estivesse com ela.
Além desses conselhos, o pai conta para a filha um pouco de sua própria infância, sobre seus pais e avós, pessoas que ele já perdeu e que a pequena Bia nem chegará a conhecer. Fala muito sobre o desejo de sua esposa em ser mãe e em como Bia foi desejada e esperada.
” Mas tu, não. Vens com esta marca, de minha ausência, a envolver inteiramente a tua vida, e este é um dos primeiros sustos que temos nesta existência, somos o que somos, não há como alterar a nossa história, sobretudo se ela já começa no meio, ou mais próxima ao fim – esta porta do hospital, de vaivém, foi a tua porta de entrada, talvez seja a minha de saída – […]” .
A obra é cheia de nostalgia e de uma beleza triste. Não tem como não se emocionar com a constatação de uma pai que, sabe que não viverá o suficiente para ver a filha crescer. E no que parece um texto, divinamente poético, mas simples, Carrascoza consegue nos surpreender com o desfecho.
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