Novela curta, publicada originalmente em 1959, mas que contém todo o humor de Jorge Amado. Texto delicioso que deixa um cheiro de mar e um gosto de quero mais.


O autor já começa dizendo que há uma certa confusão sobre a morte de Quincas Berro D´água. A filha e a família atestam uma causa e uma data, já seus amigos de boemia, dizem que ele morreu depois do atestado pela família e em circunstâncias estranhas.
Joaquim Soares da Cunha era um homem infeliz, pacato funcionário público, casado com a rígida Otacília e pai de Vanda, a qual herdou a rigidez e mal humor da mãe. Depois de tanto levar pancadas das duas, Joaquim foi embora de casa e,viveu livre por dez anos até o dia de sua morte. Considerado por muitos um vagabundo boêmio, ganhou a alcunha de Quincas Berro D´água, quando um dia em uma bar, confundiu uma garrafa de água e, achando que era cachaça, depois do primeiro gole começou a gritar ÁAAAGUAAA.
Sobre as condições de sua morte, não posso revelar muito, mas fique certo que a narrativa é muito fluida e engraçada (típica do autor). O livro ganhou grande repercussão recentemente, depois de ser citado na novela Bom Sucesso, trata-se, assim como todas de Jorge Amado que já li, de uma maravilha de narrativa e, é por isso que o autor é um dos meus preferidos e, eu agradeço que ele tenha uma extensa obra.

Nome do Livro: A morte e a morte de Quincas Berro D´água
Autor: Jorge Amado
Editora: Grupo Editorial Record
Ano: 2005
Páginas: 96

Leia também a resenha de São Bernardo de Graciliano Ramos. Outro autor nordestino incrível, publicado pelo Grupo Editorial Record.