Nome do Livro: Júbilo, memória, noviciado da paixão
Autora: Hilda Hilst
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2018
Páginas: 131
Recebi esse livro de parceria com a editora Companhia das Letras, no mês passado, pelo fato de Hilda Hilst ser a homenageada da FLIP de 2018. Apesar de não ser uma grande leitora de poesia e, mesmo não sendo conhecedora do estilo, pude perceber a força poética da autora.
Nome do Livro: 50 poemas de revolta
Autor: Vários autores
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2017
Páginas: 144
Antologia de poemas de vários autores nacionais e, de diversas épocas, com um ponto em comum, a revolta.
O livro aborda todos os tipos de temas que nos enojam e causa revolta, tais como machismo, racismo e opressão, alguns poemas trazem uma luz no fim do túnel, outros já mergulham na insatisfação com a sociedade.
Nome do Livro: Por mares nunca dantes
Autor: Geraldo Carneiro
Editora: Objetiva
Ano: 2000
Páginas: 65
Luis de Camões está em sua embarcação a caminho das Índias, e uma forte tormenta muda seu rumo e seu tempo, levando-o ao Rio de Janeiro do fim do século XX.
Em sua visita, Camões se depara com traficantes e pais de santo, se apaixona por uma prostituta e encontra um exemplar de sua obra Os Lusíadas, confirmando que se tornará um poeta no futuro. A princípio, nosso viajante parece não querer deixar essa terra futurística, mas quando resolve fazer uma leitura dramática de seu poema, a linguagem é tão estranha ao povo que Camões acaba vaiado. Deprimido, ele clama aos céus para ir embora e é atendido, no fim ele volta ao início, em sua caravela, rumo às Índias, durante a tormenta.
O texto é muito bem humorado, e explora a diferença grotesca entre o protagonista e os brasileiros do século XX, principalmente em relação a linguagem. O bom humor deixa o texto mais leve, mas por se tratar de um poema no estilo épico, e por conter inúmeras referências, requer atenção e pesquisa.
Avaliação: 4/5
Nome do Livro: A duração do dia
Autora: Adélia Prado
Editora: Record
Ano: 2011
Páginas: 103
Publicada em 2010, a obra, da escritora mineira Adélia Prado, é um compilado de 71 poesias, divididas em 10 partes que na sua maioria são precedidas por uma passagem bíblica, que dão tom e abrem caminho ao texto.
É impossível não enxergar a forte influência religiosa nas poesias da autora, fazendo referência a textos bíblicos. Abordam temas como casamento, amor, sexo e o papel da mulher na sociedade, mas principalmente, há um conflito entre o sagrado e o profano na voz de sua poesia.
As demoras de Deus
Quero coisas pro corpo,
o que se suja sozinho
e diligente produz sua própria escória.
Por astúcia Vos lembro, ó Criador,
apesar de eterno e eu histórica,
tendes também um corpo.
Portanto, feitos um para o outro,
Vosso ouvido e minha língua.
Ouvi-me pois,
antes que, de tanto pedir-Vos,
do céu da boca me desabem os dentes.
Esse foi meu primeiro contato com a obra de Adélia Prado, confesso que não é o meu tipo de literatura, principalmente, esse forte tom religioso, muitas vezes recriminador. Apesar disso, nos poemas que mais me agradaram, senti uma ponta de desespero/exigência por liberdade.
Avaliação: 3/5
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