Nome do Livro: A relíquia
Autor: Eça de Queirós
Editora: Martin Claret
Ano: 2007
Páginas: 239
Teodorico Raposo fica órfão ainda criança, e é levado aos cuidados de sua tia D. Patrocínio, uma beata muito rica, que cria o garoto com todo o conforto, mas sempre cobrando retidão. O que a tia não sabe é que Raposo é muito boêmio e apenas finge ser religioso para herdar sua fortuna.
Os anos passam e Raposo consegue manter sua boemia escondida de D. Patrocínio e, ela crendo na sua retidão o envia à Terra Santa, para que não só visite o local sagrado, mas que traga uma relíquia sacra para a tia. Em Jerusalém, o jovem vive grandes peripécias, uma delas é o romance com Miss Mary, que lhe dá uma camisola perfumada de recordação, e já cansado de tanta religiosidade e tendo encontrado a relíquia perfeita para enganar a tia (uma réplica da coroa de espinhos) ele volta para Portugal.
Na volta é recebido com todos os mimos da tia, até ele lhe entregar a relíquia errada, ao invés da coroa de espinhos ele lhe entrega a camisola de Miss Mary. D. Patrocínio expulsa o sobrinho de casa, este a princípio vende as outras bugigangas trazidas de Jerusalém, mas sem dinheiro, aceita um emprego oferecido por um velho amigo. A tia morre e deixa o óculo para o sobrinho, para que ele veja de longe a fortuna que não herdou.
Raposo casa-se e aprende a não mais mentir, mas no fim ele ainda se martiriza por não ter enganado a tia uma última vez, dizendo que a camisola era, na verdade, de Maria Madalena.
De longe esse foi o livro mais fraco que li do Eça de Queirós, mas ainda assim é muito interessante. A crítica a religião (não a fé) e a sátira aos idólatras, são o ponto principal dessa obra, cheia de realismo e humor.
NOTA: ♥ ♥ ♥