KODAK Digital Still Camera

Nome do Livro: A escrava Isaura

Autor: Bernardo Guimarães

Editora: Ciranda Cultural

Ano: 2010

Páginas: 160

 

Filha de um feitor branco e de uma cativa morena, Isaura é uma escrava branca que vive numa fazenda no Rio de Janeiro. Tendo perdido a mãe quando era pequena, Isaura foi criada como membro da família de seus senhores e, sempre muito bem tratada pela matriarca, a moça teve todo o conforto e educação que a transformaram em uma dama.

Com a morte dos donos da fazenda, seu único filho, Leôncio, herdou  a propriedade e seus escravos, um rapaz inescrupuloso e mimado que nutre um amor doentio por Isaura. Diante da rejeição da escrava, Leôncio a humilha e pune de todas as formas a fim de conseguir o que quer, e recusa todas as ofertas do pai de Isaura para comprar a liberdade da filha.

É nesse momento que Isaura e o pai conseguem fugir para Pernambuco. Lá vivem praticamente reclusos e com identidades falsas, mas isso não impede que Isaura conheça e se apaixone por Álvaro, um jovem filósofo e abolicionista, que faz de tudo para libertá-la.

Escrita em 1875, a popular obra de Bernardo Guimarães divide opiniões sobre o tom abolicionista/racista. De um lado a abolição da escravatura livremente discutida em uma obra de grande circulação e popularidade, de outro, a visão da escrava branca e não negra que merece liberdade. Deixando de lado as discussões, mesmo não gostando de romances tão românticos, A escrava Isaura não me cansou como outros. Contém todo o melodrama da heroína pura, mas a narrativa é muito poética e cheia de belas descrições e imagens. Contudo, achei o texto muito curto, a trama merecia e pedia mais desenvolvimento, talvez por isso tenha tantas adaptações, é um livro que dá abertura à expansão.

Avaliação: 4/5