O quão assustador pode ser ler uma distopia vivendo no Brasil de 2021? É inevitável fazer comparações e, perceber semelhanças faz acender um sinal de alerta, mas assim como a protagonista de Vox sempre achamos que as coisas não mudam radicalmente. Será?
A trajetória de Nadia Ghulam parece ficção, mas não é. É uma história real de sofrimento e, talvez o maior sofrimento dessa história seja, saber que meninas e mulheres no mundo todo ainda passam por algo semelhante todos os dias.
Djamila Ribeiro diz sobre o texto de Toni Morrison “são letras que rasgam, mas por incrível que possa parecer, você vai gostar de ser cortado”, reinventado. Concordo plenamente com ela, ao terminar a leitura de O olho mais azul, me senti assim, cortada, reinventada.
Publicado em 1960 e, vencedor do Prêmio Pulitzer em 1961, O sol é para todos é uma obra prima, um clássico da literatura norte americana que se mantém muito atual (infelizmente), um livro incrível e necessário.
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