Nome do Livro: Sobre a leitura
Autor: Marcel Proust
Editora: L&PM Pocket
Ano: 2016
Páginas: 96
A obra divide-se em duas partes, a primeira é um texto de Marcel Proust sobre o ato de ler (texto este utilizado como prefácio de uma obra de John Ruskin) e, a segunda é um depoimento de Céleste Albaret, governanta de Proust nos seus últimos anos.
Em seu texto, Marcel Proust, faz reflexões sobre a importância da leitura e relembra passagens de sua infância, descrevendo sua rotina e os livros que lia. O autor também compara, lindamente, o ato de ler e a amizade.
” Na leitura, a amizade é subitamente devolvida à pureza original. Com os livros, não há amabilidades. Se passamos a noite com esses amigos, é realmente porque temos vontade de fazê-lo.”
Já na segunda parte dessa obra, somos apresentados a Céleste Albaret, a governanta nos últimos anos de Proust, uma mulher que claramente tinha um grande carinho pelo patrão. Céleste descreve com riqueza de detalhes os hábitos, as manias e a doença de “monsier Proust” (como ela mesma o chama), bem como a dedicação do autor durante a escrita de sua obra prima, Em busca do tempo perdido.
Esse foi meu primeiro contato com a figura de Marcel Proust, não tinha lido nada escrito por ele e, nem sobre ele. Esse texto só me deixou mais curiosa em relação a esse homem frágil e dedicado, e a sua obra tão aclamada.
NOTA: ♥ ♥ ♥ ♥
Nome do Livro: Profissões para mulheres e outros artigos feministas
Autora: Virginia Woolf
Editora: L&PM
Ano: 2016
Páginas: 112
A obra é um compilado de sete ensaios da escritora Virginia Woolf, abordando o feminismo e o papel da mulher no mercado de trabalho.
Os textos misturam discursos, resenhas e artigos curtos mas muito intensos. A autora faz uma crítica à visão machista sobre as mulheres e o mercado de trabalho; explana sobre a relação entre as mulheres e a literatura e argumenta sobre a privação da educação e o fato de não haverem tantas mulheres escritoras.
Dos sete textos apresentados nessa edição, o que mais chamou minha atenção foi o Profissões para mulheres e a bela relação que Virginia faz entre “O Anjo do Lar” (poema de Patmore) e a culpa, muitas vezes inconsciente, que as mulheres sentiam, ou ainda sentem, por terem opinião própria.
NOTA: ♥ ♥ ♥ ♥
Nome do Livro: A megera domada
Autor: William Shakespeare
Editora: L&PM Pocket
Ano: 2016
Páginas: 135
Catarina é uma jovem muito arredia e grosseira, filha mais velha de Batista, é incontestavelmente uma megera. O pai não deixa a irmã caçula Bianca ser cortejada por nenhum pretendente, pois para ele, a filha mais velha deve se casar primeiro.
Os muitos pretendentes da doce Bianca não tem esperanças até conhecerem Petrúquio, um jovem ambicioso, que vendo o grandioso dote de Catarina começa a cortejá-la. Petrúquio consegue se casar com a megera e a partir daí ele faz de tudo para domá-la, deixando-a até sem comer e sem dormir.
No fim, Bianca casa-se com Lucêncio (que se fingiu de professor para conquistá-la) e Catarina termina domada pelo marido.
Essa obra serviu de inspiração para diversas outras e foi adaptada tanto para a televisão como para o cinema. É incontestável a importância de Shakespeare para a literatura inglesa e mundial, mas confesso que achei a obra fraca. Entendo-a como uma sátira aos costumes da época e como uma sátira ela não deve ser considerada machista, mas eu esperava mais da trama, achei que Catarina deixou-se levar muito fácil.
NOTA: ♥ ♥ ♥
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