Nossa memória é confiável? Podemos acreditar no que lembramos? As coisas aconteceram dessa maneira mesmo?
Em O sentido de um fim, Julian Barnes nos instiga a desconfiar da nossa memória e a crer que consciente ou inconscientemente, inventamos nossas lembranças.
Narrado em primeira pessoa por Tony Webster, um senhor de meia idade, divorciado e aposentado, que na primeira parte do livro relembra acontecimentos de sua juventude. A princípio essas lembranças parecem ser desconectadas, mas no decorrer da trama vamos percebendo as ligações.
Na juventude, Tony tem três grandes amigos que frequentam a escola juntos, dentre esses amigos Adrian se destaca, não só por ser o mais inteligente, mas também por seu ar misterioso. Já mais velhos, os amigos vão para faculdades diferentes e cada um segue seu caminho, mantendo contato por cartas e alguns encontros aleatórios.
Na faculdade Tony começa a namorar com Verônica, conhece sua família, mas o namoro não dura mais que um ano. É quando Tony recebe uma carta de Adrian, onde o amigo conta que está namorando Verônica. Aparentemente Tony reage bem a notícia e responde a carta cordialmente (será?).
Depois de formado e de viajar por um tempo, Tony Webster volta a sua cidade natal e, recebe uma notícia alarmante, Adrian cometeu suicídio.
Passado vários anos, estamos de volta ao presente, Tony aposentado vive uma vida pacata, até receber uma carta de um advogado. Ele recebeu uma herança, a mãe de Verônica faleceu e lhe deixou o diário de Adrian. Por que o diário estava em posse da mãe de Verônica? Por que ela o deixou a Tony?
A leitura de O sentido de um fim é muito fluida, li em dois dias, a vontade de descobrir o desfecho era imensa. Não imaginava que o final do livro me traria mais perguntas do que respostas.
Livro fantástico, narrativa impecável, traz inúmeros questionamentos sobre memória e sobre o quanto manipulamos nossa própria mente.
Nome do Livro: O sentido de um fim
Autor: Julian Barnes
Editora: Rocco (Tag Experiências Literárias)
Ano: 2019
Páginas: 175
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