Publicado em 1960 e, vencedor do Prêmio Pulitzer em 1961, O sol é para todos é uma obra prima, um clássico da literatura norte americana que se mantém muito atual (infelizmente), um livro incrível e necessário.


A obra é narrada em primeira pessoa por Scout (Jean Louise), uma menina de 8 anos que vive várias aventuras com seu irmão (Jem) e seu amigo (Dill), sempre orientada pelo seu amoroso pai, o advogado Atticus. A família vivem na cidade Maycomb, localizada ao sul dos Estados Unidos, nos anos 1930. A cidade é extremamente racista, fofoqueira e intolerante, fatos que influenciam a trama do início ao fim.
Há dois grandes acontecimentos que marcam o amadurecimento da menina e de seu irmão. O primeiro, é um vizinho misterioso, que nunca sai de casa e que desperta imensa curiosidade nas crianças. O segundo, é quando o pai de Scout, Atticus, defende um homem negro acusado (injustamente) de violentar uma mulher branca e, a maioria dos moradores da cidade se voltam contra a família.


Trata-se de um livro extremamente tocante, não apenas abordar o racismo e intolerância, mas por focar no amadurecimento de Scout e seu irmão e, em como o sensato pai explica questões tão delicadas aos filhos.
Até 2015, O sol é para todos era o único romance publicado por Harper Lee, depois disso, com a autora já muito idosa, os filhos conseguiram publicar uma continuação para essa história. O texto estava inacabado e guardado por décadas e, não sabemos em quais circunstâncias houve essa autorização para publicação, mas, na minha opinião, o livro é completo e não precisa dessa continuação (que eu não li).
O texto é muito bem escrito e, a narrativa através da visão de uma criança, é brilhante. Já havia lido O sol é para todos em 2016 e, essa releitura só o consolidou na minha lista de preferidos.

Nome do Livro: O sol é para todos
Autora: Harper Lee
Editora: José Olympio
Ano: 2016
Páginas: 349

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