Dia 20 de Novembro comemora-se no Brasil o Dia da consciência negra, a data foi escolhida para homenagear um dos maiores símbolos de resistência ao mundo escravista, Zumbi dos Palmares.


O historiador, professor e escritor Joel Rufino dos Santos traz em sua obra “Zumbi” mais que um relato biográfico desse grande líder, de forma totalmente didática ele contextualiza e analisa a estrutura social do Brasil colônia açúcareira e explica que o açúcar precisava de trabalhadores resistentes e baratos : “Muitíssimo antes de o Brasil ser descoberto e conhecer o primeiro engenho de açúcar, qualquer europeu sabia muito bem que na África, e só na África,  se encontravam trabalhadores assim. O que um europeu comum talvez não soubesse explicar é porque o açúcar exigia que esses trabalhadores africanos fossem escravos”.
O Quilombo dos Palmares era um esconderijo, um local de resistência para os negros escravizados fugidos, localizado na Serra da Barriga, antiga capitania de Pernambuco, o local chegou a abrigar mais de 30 mil pessoas. Zumbi nasceu em Palmares e foi capturado ainda bebê e criado por um padre que o batizou de Francisco. Aos 15 anos ele foge para Palmares e em pouco tempo se torna parte importante do exército do líder do Quilombo, Ganga Zumba. Em 1678, Ganga Zumba aceitou um acordo de paz com o governador da capitania, o que irritou o povo de Palmares, principalmente Zumbi, que marchou contra Ganga e se tornou o novo líder. 
Zumbi instaurou a mais implacável ditadura dentro de Palmares, para ele conceder acordos era inimaginável, a resistência era o caminho. Mas, depois de 15 anos de liderança, Zumbi foi traído por um companheiro, e morto (de forma extremamente violenta) em 20 de Novembro de 1695.
Esse é um livro de poucas páginas, a história é contada de forma direta e resumida, mas ainda assim tem muitas informações. Trata-se de uma obra voltada para estudantes, mas que pode e dever ser lida por todos. 

Nome do livro: Zumbi
Autor: Joel Rufino dos Santos
Editora: Global Editora
Ano: 2006
Páginas: 80