A advogada, professora e cronista Ruth Manus aborda em seu livro Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas, vários temas inerentes ao cotidiano da mulher na atualidade, bem como todos os embaraços, percalços e violências que sofremos com o machismo. De forma muito leve, Ruth analisa o feminismo e as lutas que travamos todos os dias.


O livro é dividido em cinco partes, na primeira é abordado o feminismo de um modo geral, a relação entre mulheres, competição e sororidade. Na segunda, Ruth trata das relações familiares, maridos, esposas, mães, pais, filhos e o papel da mulher como ele é e como nós deveríamos fazê-lo ser. Na terceira parte o foco é o trabalho remunerado (muito mal como já sabemos), o trabalho não remunerado (aquele que em tese deveria ser dividido) e sobre manterrupting, mansplaining e matar um leão por dia. Na quarta parte do livro a autora explora nosso corpo, como o vemos, como somos condicionada a vê-lo e sobre a indústria do mal-estar. Já na quinta e última parte, ela explana sobre a nossa voz, quando deixamos de usá-la, quando ainda recorremos ao silêncio e o que/quem nos impõe isso e, quanto nos custa ficarmos caladas.
Mesmo sendo um livro sobre feminismo e, falando sobre violência e sobre batalhas, me peguei rindo em vários trechos. Ruth Manus é uma excelente cronista e contadora de histórias, ela consegue ilustrar a teoria com situações reais, seja de amigas ou dela mesma e traz, com esse livro, leveza ao feminismo. Acredito que com isso ela deve atingir um público ainda cético, o que é sensacional, já quero presentear todas as mulheres que nunca leram nada sobre feminismo com essa obra, sei que vai abrir muitas mentes.

Nome do Livro: Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas
Autora: Ruth Manus
Editora: Sextante
Ano: 2019
Páginas: 192

Leia também a resenha de O mito da beleza de Naomi Wolf, livro muito mencionado por Ruth Manus em Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas.